Arthur Conan Doyle

O patrono de nossa sociedade espírita é o escritor e médico britânico Sir Arthur Ignatius Conan Doyle (Edimburgo, 22 de Maio de 1859 — Crowborough, 7 de Julho de 1930), que ficou mundialmente famoso pelas histórias do detetive Sherlock Holmes, que marcaram uma era no campo da literatura criminal.

Mas além do êxito na literatura criminal, Conan Doyle foi contemporâneo de Kardec e um grande entusiasta e divulgador da Doutrina Espírita, movimento que, em suas palavras no prefácio do livro A História do Espiritualismo, foi “o mais importante na história do mundo desde o episódio de Jesus Cristo”. Foi Presidente Honorário da International Spiritualist Federation (1925-1930), Presidente da Aliança Espírita de Londres e Presidente do Colégio Britânico de Ciência Espírita.


Escritor conhecido mundialmente, mas que poucos sabem ter sido ele um fervoroso espírita, Sir Arthur Conan Doyle foi o criador de um dos mais famosos personagens policiais de todos os tempos, o detetive Sherlock Holmes. Nasceu em Edinburgo na Escócia em 1859, numa família extremamente católica.

 

Durante a juventude, interessado em tornar-se médico, começou a ler Darwin e outros cientistas. Somando-se essas leituras ao desencanto com a religião, ele acabou tornando-se agnóstico.

Aos 28 anos, no entanto, ele acabou interessando-se por experiências de Transmissão de Pensamento. Algum tempo depois, ele chegou a afirmar que conseguiria transmitir seus pensamentos sem o uso de palavras.

Após convencer-se da eficiência da transmissão de pensamentos entre vivos, ele então passou a se interessar por transmissões vindas do além. Estávamos no final do séc.19, e fenômenos mediúnicos eclodiam em reuniões pela Europa. A obra basilar do Espiritismo, “O Livro dos Espíritos” havia sido publicada desde 1857. As mesas girantes eram eventos mto conhecidos na época, e Doyle, obviamente, passou a freqüentar tais reuniões.

Com o tempo, Doyle passou a desenvolver crenças espiritualistas com grande convicção, e inclusive escreveu uma série de livros sobre o assunto, como A Nova Revelação, a Mensagem Vital, A História do Espiritualismo, O Caso das Fotografias de Espíritos (este inclusive, relatando experiências que o próprio Doyle se envolveu, fotografando e revelando imagens de desencarnados), entre outros.

Após 20 anos de convívio com a doutrina, ele veio a publico para declara-se convicto da vida pós-morte. Mesmo sabendo que esta atitude poderia trazer prejuízo para sua carreira de escritor, ele pouco se importou. Muitos estranharam que o criador do famoso detetive Sherlock Holmes, um personagem tão meticuloso e racional, e sendo ele próprio extremamente racional, estivesse se deixando levar por crenças místicas.

Estoura a Primeira Guerra Mundial. Nesta época, Doyle perde seu filho mais novo de pneumonia e sua fé na vida pós-morte torna-se para ele algo essencial. Cerca de 1 ano após, ele participava de uma sessão espírita quando foi surpreendido por uma comunicação do filho. Pouco tempo depois, Doyle viu com os próprios olhos sua mãe e seu sobrinho desencarnados, segundo palavras dele “tão reais como sempre os via em vida”.

Doyle viajou dando palestras sobre sua fé e provavelmente atraiu público com seu nome famoso. Mostrava slides com a imagens de espíritos fotografados por ele. Disse ele uma vez que acreditar na vida pós-morte e na comunicação com pessoas desencarnadas era absolutamente natural e até mesmo confortador.